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Elmar Wahlbrink

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Em 10 anos, desastres climáticos geraram mais de RS 8,3 bilhões de prejuízo em SC.

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Em 10 anos, desastres climáticos geraram mais de RS 8,3 bilhões de prejuízo em SC.

O Brasil, assim como outros locais do mundo, é afetado por desastres climáticos. Nos últimos tempos os brasileiros sofrem com chuva volumosa, onda de calor, ciclones e secas, que causam várias consequências e prejuízos. Um levantamento da CNM (Confederação Nacional de Municípios) apontou que, em 10 anos, Santa Catarina teve um prejuízo de R$ 8,3 bilhões devido a desastres. Diante de eventos climáticos diversos, planejar o futuro é um desafio da gestão pública, segundo especialista.

“A agenda do clima se impõe como desafio para o poder público em todas as esferas, não apenas por conta de discussões sobre emissão de carbono ou políticas ESG, mas porque eventos cada vez mais frequentes demandam planejamento, prioridade e ações imediatas de resposta”, destaca Gustavo Jota, mestre em Usabilidade, especializado em projeto integrado de produto, gestão de projetos e confiabilidade e análise de risco.

O especialista explica que a partir do mês de setembro no Sul do Brasil, historicamente, acontece potenciais temporadas de eventos climáticos. Ele cita, como exemplo, o ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul e provocou alagamentos e mortes.

“Não podemos perder a visão de risco crescente em todo o mundo. A existência de um risco não é garantia de sua correta avaliação e busca por soluções. A percepção humana possui grande relevância na classificação de criticidade para que um risco se torne pauta de ações públicas ou sociais”, analisa.

Mortes por desastres climáticos

Um levantamento divulgado pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), em março deste ano, aponta que entre 2013 até fevereiro de 2023, ‘as chuvas e suas consequências no Brasil somaram 1.997 mortes’.

“Apenas em 2022, os óbitos decorrentes das chuvas somaram 532 pessoas, o que representa mais de 26,6% do total de mortes em dez anos. Antes de 2022, o ano mais letal por chuvas no país era 2019, com 356 mortes registradas, seguido por 2021, quando foram notificados 277 óbitos, e 2020, com 277. Até o dia 24 de fevereiro de 2023, as chuvas já tinham causado 98 mortes em todo Brasil apenas em 2023”, complementa o levantamento.

Pelo estudo da Confederação, em Santa Catarina, a soma das mortes somente na última década chegou a 125. Neste ano, segundo dados divulgados pela CNM em setembro, o número de óbitos causados pelas chuvas havia saltado dos 98 para 115. Porém esse dado já é maior, devido aos recentes eventos climáticos que atingiram o país e causaram novas mortes.

Apesar do número de mortes estar aumentando nos últimos tempos, Gustavo Jota destaca, em sua análise, que o número de óbitos causados por desastres climáticos é menor que os causados por acidentes de trânsito, por exemplo.

Jota salienta que a quantificação tem um papel importante para a busca de soluções. Ele exemplifica que quando as mortes acontecem de forma gradual, mesmo que no fim gerem um número expressivo, causam menos impacto do que quando ocorre um elevado número de óbitos instantaneamente em uma mesma localidade. Além da comoção, o especialista cita que o número expressivo gera uma demanda por uma busca imediata por resoluções.

“É possível que a baixa frequência de óbitos resultantes de eventos climáticos ainda não tenha gerado comoção o suficiente para que exista uma corrida por ações efetivas, visto que ao longo de dez anos representam apenas 1,3% das mortes em comparação com 42,5% de acidentes no trânsito ou mesmo 54% da violência”, pontua Jota.

Impactos causados pelos desastres climáticos

Além das mortes, os desastres climáticos causam prejuízos no país. Pelo levantamento da CNM, em 10 anos (2013 a fevereiro de 2023), “os desastres causaram R$ 401,3 bilhões de prejuízos em todo o Brasil”.

Em Santa Catarina, ao longo de 10 anos, os desastres causaram mais de R$ 8,3 bilhões em prejuízos estruturais para a população afetada, segundo a Confederação.

Para Jota, além dos prejuízos financeiros, os desastres climáticos também deixam traumas. O especialista avalia que “esses eventos demandam planejamento, monitoramento e a coordenação de múltiplos serviços que vão desde o planejamento urbano, gestão das áreas de ocupação irregular, comunicação e emissão de alertas às populações afetadas e, nos casos emergências, a ação de socorro e amparo aos atingidos”.

Segundo ele, os eventos serão cada vez mais frequentes. “Cabe ao Poder Público buscar ferramentas que permitam o planejamento e ação imediata de resposta. A tecnologia tem ferramentas para amparar nessa jornada. Afinal, se não é possível evitar que esses fenômenos aconteçam, é dever dos gestores estar preparado para mitigar danos e responder da maneira mais eficiente possível.

Fonte: ND+

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