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Estudo aponta que consumo abusivo de álcool pode atrapalhar a absorção de nutrientes.

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Estudo aponta que consumo abusivo de álcool pode atrapalhar a absorção de nutrientes.

O consumo abusivo de álcool pode prejudicar na absorção de nutrientes. Um estudo realizado pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), mostra que o álcool acaba inibindo vias metabólicas do corpo, o que também facilita o acúmulo de gordura na região do abdômen.

 

Grande parte das bebidas alcoólicas são originadas da fermentação de carboidratos presentes principalmente na cana-de-açúcar, uva ou cevada. Elas consistem principalmente em água, etanol e açúcar, com quantidades mínimas de proteínas, vitaminas e minerais. As calorias presentes nessas bebidas vêm do açúcar e do próprio etanol, contendo cerca de 7 kcal/g.

 

Após a ingestão de álcool, o etanol presente é rapidamente absorvido pelo nosso corpo. Essa absorção ocorre em menores quantidades no estômago e em maiores quantidades no intestino delgado.

Devido a essa rápida absorção, o álcool acaba inibindo outras vias metabólicas, incluindo a via lipídica. Em seguida, o etanol chega na corrente sanguínea e uma pequena fração do que é ingerido (2 – 10%) é eliminada pelo suor, urina e pelos pulmões, com a respiração.

 

A maior parte do etanol é oxidada pelo fígado, que recebe entre 90 – 95% do etanol. No fígado, a enzima álcool desidrogenase (ADH) converte o etanol em acetaldeído, substância que pode ser mais prejudicial ao nosso organismo do que o próprio etanol, causando danos aos tecidos.

 

 

Absorção dos nutrientes

 

O uso crônico de álcool pode causar deficiências de diversos nutrientes, principalmente por conta da sobrecarga hepática causada pelo abuso. As substâncias que se formam durante a conversão do álcool para sua eliminação resultam de uma intensa atividade das células do fígado. Essa ação prejudica a assimilação de nutrientes importantes para o organismo. 

 

O fígado é um órgão fundamental para o metabolismo de substâncias e nutrientes, e suas funções ficam comprometidas com a ingestão excessiva de álcool, especialmente na absorção e metabolização de vitaminas e proteínas.

 

Estudos publicados pelo Cisa mostram que pacientes alcoólatras podem apresentar alterações no metabolismo de alguns aminoácidos importantes para o ganho de massa muscular, saúde da pele, por exemplo; além de baixos níveis séricos de folato, importante para a saúde cardiovascular e sistema nervoso.

 

Pesquisas também apontam deficiência de vitamina D e B12 e outras comuns como a vitamina A e K, que auxiliam no sistema imunológico, fortalecimento ósseo, coagulação sanguínea, entre outros. 

 

O consumo de álcool pode impactar negativamente o estado nutricional de uma pessoa, contribuindo tanto com o ganho de peso (por ser calórico) quanto por desnutrição (pelo impacto na absorção de nutrientes). Essa relação consumo-efeito varia também conforme dosagem ingerida, sexo, faixa etária e outras condições preexistentes.

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