O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, esteve em Rio do Sul na manhã de domingo (19). Ele visitou a cidade que passa pela segunda maior enchente da história, deixando mais de 18 mil pessoas desalojadas. Durante a passagem ele se reuniu com representantes do município para falar das ações de governo que devem contribuir no Alto Vale.
“Semana que vem nós vamos à Brasília pedir à bancada federal. Temos que conversar com a presidência da república para saber o que efetivamente será feito. Vamos dar R$ 94 milhões para os prefeitos. Até agora não chegou nada é só papel que vai e papel que vem”, disse o governador durante coletiva de imprensa.
Recursos do Governo do Estado para estradas federais deve ser devolvido, afirma governador
O governo do Estado ainda investiu, recentemente, R$ 465 milhões em rodovias federais em Santa Catarina para garantir obras. ‘”Eu tô lutando há tempo para devolver. Então chegou a hora de devolver agora. É para um desastre, uma catástrofe. Se precisar falar com o presidente da república nós vamos dizer isso a ele”.
A justificativa de Jorginho é que o dinheiro “já é do Estado” e se fosse devolvido poderia ser repassado para os prefeitos, para arrumar pontes e estradas.
Para prestar suporte aos municípios e até mitigar o efeito de cheias em outras ocasiões, o estado que criar um Fundo de Reserva. Jorginho “quer fazer o que ninguém fez”.
Ele pretende se reunir com os presidentes de poderes como Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Ministério Público e Assembleia Legislativa para sugerir descontar do duodécimo de cada um percentual de recursos que possam ser investidos na área.
Aos atingidos pela enchente deste mês de novembro, o governo ainda pretende oferecer uma linha de crédito de emergência, com suporte do Badesc. Jorginho detalhou que devem ser prorrogados os pagamentos de impostos, e que, inclusive já solicitou ao secretário da fazenda. “Tem empresa que não pagou o imposto, vai ter que pagar no final do mês, mas parou. Talvez ela nem volte a funcionar. Vai ter dificuldade. Estamos atentos a tudo”.
Outras ações foram citadas pelo governador como a dragagem, novas barragens e ainda a continuidade do projeto Jica, com melhoramento fluvial em toda bacia do rio Itajaí. “Se ninguém fez, nós vamos fazer de forma muito responsável. Ontem a noite já estive em reunião com o Instituto do Meio Ambiente para viabilizar a burocracia” .
No dia de sol, os moradores e comerciantes da cidade começam a limpeza, para tentar retornar a vida. Enquanto isso, quase 1800 pessoas continuam em abrigos, precisando de itens como comida, água, colchões e itens de higiene pessoal. De acordo com Jorginho, até sábado (18) não era possível o acesso às cidades para a entrega dos itens humanitários, por conta de vias bloqueadas, e que este encaminhamento será intensificado a partir da tarde de domingo.
Ajuda do exército chega a Rio do Sul
Por volta das 12h30min, de domingo (19) um efetivo de, aproximadamente, cem homens do exército chegou a Rio do Sul. Além da cidade, eles devem atuar no restabelecimento da cidade de Trombudo Central. Em outubro, a equipe também esteve no município. Além disso, os estados de São Paulo e Paraná, além da Polícia Federal enviaram aeronaves para contribuir com o resgate e também a entrega dos itens.
Um efetivo de 140 bombeiros trabalham com 19 embarcações, além de dois helicópteros. “Nossas aeronaves estão com tempo máximo de voo atingido. Ele foi consumido todo em outubro”, detalhou o governador. “Temos que erguer a cabeça e enfrentar. As pessoas são corajosas”, finalizou Jorginho Mello.
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