A Polícia Civil encerrou nesta segunda-feira (13) a investigação referente ao feminicídio, de uma mulher de 49 anos, morta violentamente na noite de 3 de novembro em Maravilha/SC.
Na ocasião dos fatos, o autor foi preso em flagrante pela Polícia Militar e conduzido à Polícia Civil local, que passou a realizar a investigação do caso por meio da Divisão de Investigação Criminal - DIC.
Segundo apurado, o autor e a vítima viviam na mesma residência no bairro Floresta, próximo à BR 282, em uma casa dividida ao meio, como se duas residências fossem. Os proprietários do imóvel esclareceram que o autor do homicídio morava há tempo no local e havia parado de pagar os aluguéis, apropriando-se da casa, sob a alegação de que o local agora lhe pertencia. Ao final, chegou ao ponto de permitir que a vítima ali passasse a viver, cobrando valores dela, mesmo ciente de que não era o dono do imóvel.
O crime ocorreu no pátio da casa, uma área de grama localizada entre a residência e a via pública, por volta das 22 horas, após o investigado passar a tarde toda consumindo bebidas alcoólicas.
Não foi possível esclarecer exatamente qual foi a motivação do delito, certamente fútil diante da gravidade da conduta praticada.
A forma como o crime foi praticado também dificultou a defesa da vítima, que foi surpreendida por uma única facada na região do tórax, golpe fatal que culminou em sua morte em poucos minutos.
A filha da vítima, uma menina de 6 anos de idade, viu toda a cena e passou a pedir socorro pela mãe após o criminoso se evadir do local.
A convivência permanente e estável da ofendida e da criança com o autor no mesmo ambiente permite atribuir ao fato a qualificadora do feminicídio, circunstância que inicialmente não parecia presente no caso. Além disso, sendo o caso de feminicídio, o crime ainda contra com o aumento de pena decorrente da circunstância de ter sido praticado na presença de descente (filha) da vítima.
Foram encontradas pela Polícia Civil e pela perícia a faca utilizada no crime e as vestes utilizadas pelo autor, ainda sujas de sangue.
O homem de 54 anos, continua preso preventivamente desde a noite do crime. Ele já era suspeito de abusar sexualmente de uma criança, fato ainda sob investigação sobre o qual não é possível passar maiores detalhes.
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